ATA DA SEPTUAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 11.09.1996.
Aos onze dias do mês de setembro do ano de mil novecentos
e noventa e seis, reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos foi
realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato,
Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar
Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol,
Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João
Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho,
Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum Pedro
Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Letícia Arruda e Carlos Machado.
Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias da Ata da
Sexagésima Sétima Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram
encaminhados: pelo Vereador Guilherme Barbosa, Requerimento solicitando
Renovação de Votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 03/96
(Processo nº 575/96); pela Vereadora Maria do Rosário, Requerimento solicitando
Renovação de Votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 11/94
(Processo nº 782/94); pelo Vereador Raul Carrion, 01 Emenda nº 51 ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94) e pelo Governo
Municipal, Projeto de Lei do Executivo nº 47/96. Do EXPEDIENTE constaram;
Ofícios nºs 087/96, do Vereador Adhemar Martins Pinotti, Presidente da Câmara
Municipal de Vacaria/RS; 242/96, do Senhor Fernando Carlos Becker, Presidente da
Sociedade de Ginástica Porto Alegre - SOGIPA; 256/96, do Senhor João Carlos
Vasconcellos, Diretor-Presidente da Empresa Porto-alegrense de Turismo S/A;
420/96, do Senhor Milton Rubens Medran Moreira, do Gabinete do Deputado
Estadual/RS Paulo Vidal. A seguir, foi aprovada Licença para Tratar de Assunto
de Interesse Particular, da Vereadora Helena Bonumá no dia de hoje, dando posse
o Senhor Presidente ao Suplente Gerson Almeida e informando que Sua Excelência
integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Em
continuidade, foi aprovado Requerimento do Vereador Luiz Braz solicitando
inversão da ordem dos trabalhos, colocando-se em primeiro lugar o Período de
Comunicações. Logo após, foi aprovado Requerimento do Vereador Edi Morelli
solicitando que após o Período de Comunicações entre-se na Ordem do Dia. Em
continuidade, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a
comemorar a passagem dos cinqüenta anos do Programa ”Hora Israelita”, nos
termos do Requerimento nº 139/96 (Processo nº 2131/96), de autoria do Vereador
Isaac Ainhorn e aprovado pelo Plenário. A seguir, o Senhor Presidente convidou
para integrar a Mesa, os Senhores Eli Cohen, representante da Organização
Sionista Mundial para a América Latina, Maurício Soibelmann, Presidente da
Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Samuel Burd, Presidente do Conselho
das Entidades Judaicas do Rio Grande do Sul, Coronel Irani Siqueira,
representante do Comando Militar do Sul, Ghedale Saitovitch, representante do
Programa “Hora Israelita”. O Senhor Presidente saudou a presença das demais
lideranças da comunidade israelita, dos Senhores Jacob Perin, Presidente da
Associação Israelita, Bóris Weinstain, Presidente da Sinagoga da União
Israelita e do Rabino Mendel Liberó, este como extensão da Mesa. Em
prosseguimento, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, assistirem à
Execução dos Hinos Nacionais Brasileiro e Israelita e após, a Canção da
Esperança interpretados pela Fanfarra do Comando Militar, regido pelo 2º
Tenente de Música, Antônio Carlos Silva de Oliveira. A seguir, o Vereador Isaac
Ainhorn, como proponente da presente homenagem, discorreu sobre a história do
Programa “Hora Israelita” e ressaltou a importância do mesmo na divulgação da
cultura judaica. Em prosseguimento, o Senhor Presidente registrou as presenças
em Plenário, do ex-Vereador Jorge Goulart e do Senhor Natan Gotlieb, Presidente
da Organização Sionista do Brasil. O Vereador Antonio Hohlfeldt como ouvinte da
“Hora Israelita”, salientou que o programa propiciou a jovens de várias
gerações, um tipo de informação importante, ao incentivar a participação nas
atividades da comunidade judaica. Em continuidade, o Senhor Presidente
registrou a presença, como Extensão da Mesa, dos representantes do Movimento
Juvenil, Márcio Chachamovich, Gustavo Cohen, Gabriel Schoor, Rafael Schoor,
Fabiane Schamis, Juliana Fainguz, Fábio Scharkansky. Também registrou a
presença dos Senhores Henrique Colbert, Delegado da Comunidade Uruguaia,
Maurício Overlander, representante da Comunidade Judaica de Montevidéo, Roberto
Schatkis, Vice-Presidente da Associação Israelita de Porto Alegre, Benamy
Zandwais, Diretor do Programa “Hora Israelita”. O Vereador João Dib, falando
também em nome do Vereador Pedro Américo Leal, colocou que a criação do Programa
“Hora Israelita” teve o propósito de promover cultura, informação e sobretudo
união do povo judaico com o povo porto-alegrense. O Vereador Lauro Hagemann, em
nome das Bancadas do PPS e do PC do B, lembrou que o cinqüentenário da Hora
Israelita coincide com o seu aniversário de cinqüenta anos na profissão de
radialista, ressaltando a pertinácia do povo judeu. O Vereador Jocelin
Azambuja, em nome da Bancada do PTB, ressaltou a qualidade das informações
veiculadas na Hora Israelita, congratulando-se com o seu cinqüentenário. O
Vereador Clovis Ilgenfritz, em nome da Bancada do PT, destacou a importância do
programa Hora Israelita para difusão da cultura judaica. A seguir, o Senhor
Presidente registrou a presença das representantes da Wizo, Senhoras Clarissa Lerner
e Clara Stein e da Presidente do Brit Nashir, Professora Alícia Schor. Em
continuidade, o Senhor Presidente realizou a entrega de exemplares da obra
“Porto Alegre à beira do Rio e em meu coração” – editada por ocasião dos dez
anos da nova sede da Câmara Municipal de Porto Alegre – aos Senhores Eli Cohen
e Ghedale Saitovitch. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra
ao Senhor Ghedale Saitovitch, que rememorando o nome de colaboradores da Hora
Israelita, agradeceu a presente homenagem em nome da comunidade judaica do
Estado. Às quinze horas e quarenta e dois minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e quarenta e oito
minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion discorreu sobre os processos
de privatização em curso no Estado, especialmente nos setores de comunicação e
de geração de energia elétrica. O Vereador João Dib falou sobre a falta de
capacidade do candidato do PT, Senhor Raul Pont, para governar Porto Alegre. O
Vereador Airto Ferronato falou sobre as comemorações pelo transcurso do Dia do
Contador, convidando os membros desta Casa a participar das festividades
comemorativas. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Edi
Morelli solicitando seja alterada a ordem de apreciação da matéria constante
nesta Ordem do Dia. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal do
Vereador Giovani Gregol solicitando seja apreciado em penúltimo lugar o Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 06/96. Em Discussão Geral e Votação foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 44/96. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 82/96. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 83/96. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
91/96. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 71/96. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 49/96. A seguir, em Discussão Geral e Votação, o Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 08/96, foi discutido pelos Vereadores
Dilamar Machado, Airto Ferronato e João Dib, sendo aprovado Requerimento do
Ver. Mário Fraga solicitando seja adiada a discussão deste Projeto por três
Sessões. Em Discussão Geral e Votação Nominal solicitada pelo Vereador João
Dib, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 09/96, por vinte e dois
Votos SIM, votando os Vereadores Airto Ferronato, Clovis Ilgenfritz, Décio
Schauren, Dilamar Machado, Edi Morelli, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa,
Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin
Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum,
Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Gerson Almeida e Carlos Machado. Às dezesseis
horas e quarenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retornados às dezesseis horas e quarenta e cinco minutos. Em
Discussão Geral e Votação, em votação nominal solicitada pelo Vereador Paulo
Brum, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 20/96 por vinte votos SIM,
votando os Vereadores Airto Ferronato, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Edi
Morelli, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Dib, João
Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário,
Milton Zuanazzi, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Gerson Almeida e
Carlos Machado. A seguir, foi aprovado Requerimento do Vereador Antonio
Hohlfeldt solicitando seja dispensada do envio às Comissões para parecer a
Emenda nº 03 ao Projeto de Lei do Executivo nº 74/95. Em Discussão Geral e
Votação, em votação solicitada pelo Senhor Presidente, foi aprovado, por
dezoito Votos SIM o Projeto do Executivo nº 74/95, votando os Vereadores Clovis
Ilgenfritz, Décio Schauren, Edi Morelli, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa,
Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, José Valdir, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul
Carrion, Gerson Almeida e Carlos Machado, com ressalva das Emendas nºs 01, 02 e
03 que, posteriormente, foram aprovadas. Logo após, o Senhor Presidente prestou
informações ao Plenário sobre o processamento e a reprodução do Processo de que
trata do Código Municipal de Saúde a ser entregue aos Senhores Vereadores. A
seguir, foi encaminhado à votação pelo Vereador João Dib Requerimento verbal do
Vereador Raul Carrion solicitando sejam votados de imediato os Requerimentos
constantes nesta Ordem do Dia, Requerimento este que deixou de ser votado face
à inexistência de “quorum”. Às dezessete horas e vinte minutos, constatada a
inexistência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
sexta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores
Isaac Ainhorn e Edi Morelli e secretariados pelos Vereadores Fernando Záchia,
Edi Morelli, Maria do Rosário e Luiz Braz, os três últimos como Secretários “ad
hoc”. Do que eu, Fernando Záchia, determinei fosse lavrada a presente Ata que,
após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor
Presidente.
ATA DA SEPTUAGÉSIMA
SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
PRIMEIRA LEGISLATURA – EM 11.09.1996.
- Durante a ORDEM DO DIA, antes da Discussão e Votação do Projeto de Lei do Executivo nº 09/96, acrescente-se “Na ocasião, o Senhor Presidente, respondendo à Questão de Ordem do Vereador Clovis Ilgenfritz, prestou informações acerca do processo de discussão do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 08/96 e, respondendo a Questão de Ordem dos Vereadores João Dib e Dilamar Machado, prestou informações acerca do artigo 81 da Lei Orgânica Municipal”.
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Com a palavra o Ver. Luiz Braz, para um Requerimento.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr.
Presidente, faço um Requerimento à Mesa, para que possamos inverter a ordem dos
trabalhos e possamos colocar em primeiro lugar o período das Comunicações, dado
que temos aqui a comemoração da passagem dos 50 anos do programa “Hora
Israelita”, pois já temos aqui os convidados e para que eles não esperem, nós
podemos fazer com que haja esta comemoração.
O SR.
PRESIDENTE:
Colocamos em votação o Requerimento do Ver. Luiz Bras. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. EDI
MORELLI (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de fazer um Requerimento, que após o período
de Comunicações, nós entrássemos de imediato na Ordem do Dia, porque temos
vários processos a serem votados.
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação o Requerimento do Ver. Edi Morelli. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Por consulta do Ver. Raul Carrion, da Bancada do PC
do B, nós gostaríamos de informar que ficam asseguradas as Comunicações de
Liderança, que eventualmente queiram fazer após a homenagem à “Hora Israelita”.
Passamos às
Convidamos para integrar a Mesa, em homenagem aos 50
anos do programa “Hora Israelita”, Dr. Eli Cohen, representante da Organização
Sionista Mundial para a América Latina; Dr. Maurício Soibelmann, Presidente da
Federação Israelita do Rio Grande do Sul; Dr. Samuel Burd, Presidente do Conselho
das Entidades Judaicas do Rio Grande do Sul; Coronel Irani Siqueira,
representante do Comando Militar do Sul; Dr. Ghedale Saitovitch, representante
do Programa “Hora Israelita”.
Saudamos, também, a presença de outras lideranças da
comunidade israelita que se fazem presentes: Presidente da Associação
Israelita, Dr. Jacob Perin; Prof. Bóris Weinstain, Presidente da Sinagoga da
União Israelita; Rabino Mendel Liberó, a quem convidaríamos para ocupar as
tribunas dos Vereadores, pois se constituem na extensão da Mesa Diretora dos
trabalhos neste Período de Comunicações, que destina-se a homenagear a passagem
dos 50 anos do Programa “Hora Israelita”, de autoria deste Vereador.
Convidaríamos todos para, de pé, assistirmos a
execução do Hino Nacional, Hino Nacional Israelense, e após a Canção da
Esperança, uma canção do folclore judaico, que será feito pela Fanfarra do
Comando Militar, regido pelo 2º Tenente de Música, Antônio Carlos Silva de
Oliveira.
(São executados os Hinos Nacional, Israelense e a
Canção da Esperança.)
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): Com a palavra, o Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. ISAAC
AINHORN: Exmo.
Sr. Edi Morelli, 1º Vice-Presidente desta Casa; meu caro Presidente da
Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Maurício Soibelmann; Caro Dr. Samuel
Burd, Presidente do Conselho das Entidades Judaicas do Rio Grande do Sul; meu
caro Coronel Irani Siqueira, representante do Comando Militar Sul, que realiza
esta integração tão grande e nos proporciona a presença do Regimento de
Fanfarra do Regimento de Infantaria nesta Casa, executando os Hinos Nacional e
do Hino de Israel, também a Canção da Esperança, a quem agradeço o seu empenho
no sentido de aprimorar essas relações entre os Parlamentares e o Exército
Brasileiro e fazendo um trabalho que já tem vindo de outros comandos militares
observar aquilo que é feito pelo Coronel Irani Siqueira. Meu caro Dr. Ghedale,
Diretor da Equipe do Programa “Hora Israelita” e meu caro Amigo Dr. Eli Cohen,
Representante da Organização Sionista Mundial para América Latina, Srs.
Vereadores, demais convidados, Dirigentes Militares, Lideranças da Comunidade
que vieram de outros estados da Federação, bem como do Uruguai, da Argentina,
prestigiar esse evento e os atos comemorativos aos “50 Anos da Hora Israelita”.
Registro também, neste momento, uma saudação especial ao ex-Vereador Jorge
Goulart, sempre presente. Não consta rigorosamente nos Anais da historiografia
contemporânea, eu não diria do rádio moderno, mas do rádio do Século XX, que,
percorrendo as páginas dos registros desta memória oral, o programa “Hora
Israelita”, de Porto Alegre é o mais antigo programa de rádio do País.
Há alguns dias quando se celebrava os 25 anos de um
importante programa de rádio da nossa cidade, eu corrigia os seus diretores,
particularmente, que não era os 25 anos daquele programa que era o mais antigo,
que o mais antigo programa de rádio brasileiro, ininterrupto, é a “Hora
Israelita”. E, aí nos vem a lembrança da importância que tem o rádio moderno e
se nós fôssemos fazer um paralelo entre esse grande veículo, esses grandes
instrumentos de comunicação eletrônica dos dias atuais, mesmo reconhecendo a
importância e o papel da imagem visual, o rádio ainda detém uma parcela
importantíssima de ouvintes altamente significativos e, talvez, seja esta uma
das razões por que este programa “Hora Israelita”, tenha uma história tão
longa, comemorando nesta data o seu jubileu de ouro. Essa história de “Hora
Israelita”, surgida em 1946, que percorreu diversas rádios da cidade de Porto
Alegre – esteve na Rádio Farroupilha, Metrópole, Itaí – hoje, encontra-se na
Rádio Princesa, programa ágil, moderno.
Antes era ½ hora, hoje tem 1 hora de duração,
difundindo a cultura judaica, informações da sua comunidade, notícias do mundo
inteiro, da comunidade brasileira local, com uma peculiaridade: há alguns anos,
vem dando “furo” em muito informativo convencional. Peculiaridade essa que,
mesmo com fax, com teletipo e toda a parafernália moderna, em alguns momentos,
a “Hora Israelita” vem dando alguns furos no jornalismo moderno e naquelas
rádios especializadas na informação. É que todos os domingos, às 10h da manhã,
no meio da sua transmissão, há uma correspondente ao vivo, direto, que fala de
Jerusalém para o Rio Grande do Sul. Então, naturalmente, acaba o Eng.º Paulo dando
alguns “furos jornalísticos” em cima do jornalismo convencional, o tradicional,
aquele que opera e trabalha tão somente no rádio informativo.
Eu não tenho dúvida de que, apesar da televisão, de
todos os equipamentos modernos, da INTERNET e de tantas outras formas de
comunicação, este programa vai comemorar, dentre em pouco, seus 60, 70, 100
anos, porque tem a peculiaridade de ser o instrumento mais veloz na comparação
com outros meios de comunicação. Em nosso País, embora enfrente dificuldades de
natureza econômico-financeira, o rádio ainda tem um alcance muito maior como
meio de comunicação. A importância desse programa não pode ser calculada,
devido ao seu caráter cultural, social, político, utilizando-se de músicas do
folclore hebraico, do folclore iidiche, trazendo toda essa riqueza cultural.
Dentro dessa verdadeira etnia, desse cadinho étnico
do nosso Estado, é que compreende que a universalidade se atinge através do
cultivo de suas raízes e de suas origens. É isso que faz a comunidade judaica,
que tem, aqui nesta Casa, o reconhecimento de todas as bancadas.
Neste ano mesmo, tivemos a oportunidade, com a
participação de quase todos os Vereadores desta Casa, num ato singular no País,
de homenagear aos três mil anos de Jerusalém. Isso orgulha a todos nós,
parlamentares.
Aproveito para saudar outra presença ilustre; o Dr.
Natan Gotlieb, que é Presidente da Organização Sionista do Brasil e que veio,
especialmente de São Paulo para se fazer presente a essa Sessão Solene, pediria
ao Presidente dos trabalhos que o convidasse para a tribuna.
O SR.
PRESIDENTE:
Convido Vossa Excelência para entrar no recinto da tribuna.
O SR. ISAAC
AINHORN:
Uma homenagem especial para algumas pessoas que foram responsáveis por esse
programa, esse programa nunca foi conduzido por profissionais, vemos o Sr.
Meier Weis, Prof. José Alpern, Dr. Sabani que dirigiram e coordenaram a Ordem
Israelita, Sr. Benamy Zandwais que continua à frente da Ordem Israelita, e
tantos outros, e alguns que nos deixaram, que foram importantes na história dos
50 anos da Ordem. Lembro as figuras do Sr. Sherin, Sr. Westler, e tantos outros
que fizeram com que este programa chegasse aos seus 50 anos.
Por isso a importância da homenagem nesta Casa
Legislativa pela importância política da Cidade de Porto Alegre dos 50 anos de
um programa de rádio. Pelo conhecimento, pelo trabalho do rádio, aqueles
anônimos que dedicaram seu trabalho ao programa que surgiu no final da 2ª
Guerra quando todos assistimos, perplexos, e tomamos conhecimento daquela
tragédia que se abateu sobre o povo, o Holocausto. Em 1946 surgiu, presenciou e
participou de todos os fatos que estão ligados ao próprio destino da humanidade
desde a fundação do Estado de Israel, em 1948. Esse programa vem acompanhando,
domingo a domingo, todos esses fatos que acontecem no mundo, no Estado de
Israel, com a comunidade local, os fatos do cotidiano da nossa Cidade. Há
poucos dias estive lá para falar dos 223 anos da história da Câmara Municipal,
hoje estamos aqui nesta Sessão Solene que teve a aprovação unânime dos senhores
vereadores, compreendendo e tendo a sensibilidade para a importância desse
Programa. Digo ao seu Diretor Dr. Ghedale Saitovisch que transcende a “Hora
Israelita”, a própria comunidade judaica. Ele é um programa que nos orgulhamos
e podemos, com absoluta tranqüilidade, afirmar que é da comunidade de Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: (Saúda
os componentes da Mesa.) Saúdo os demais membros da comunidade, através do
Prof. Perin que tem uma relação muito particular de amizade comigo e o meu
profundo respeito e admiração.
Se o Ver. Isaac falou não apenas como proponente
pessoal, como membro da comunidade e como Presidente desta Casa, quero trazer
aqui o depoimento duplo de alguém que é um homem do rádio, não no sentido do
que o Ver. Lauro Hagemann vai colocar depois, ele que usava o microfone como
profissão, mas eu sou o homem do rádio enquanto ouvinte. Cresci ouvindo aqueles
rádios enormes da marca Telefunken e depois, na minha adolescência, me
acostumei com os primeiros radinhos de pilha que surgiram em Porto Alegre, os
famosos “spika” japoneses que chegavam por aqui, provavelmente de contrabando.
Quando relembro essa história do rádio, é para dizer que ao lado dessa
convivência eu quero trazer aqui o depoimento de quem não é comunidade judaica,
mas que se acostumou a ouvir este programa. Exatamente, a partir dos meus 12,
13 e 14 anos e, por uma dupla coincidência, na Rádio Metrópole, onde o programa
era apresentado de manhãzinha, às 7h, logo depois do programa “Hora Israelita”,
entrava eu como apresentador do “Programa de Cultura”. Então, cruzava toda a
semana, no domingo de manhã, com o David Iasnogrodski saindo do microfone, ele
era apresentador na época, e ficávamos ali fofocando – eu ouvindo o final do
seu programa; ele, o início do meu. Posteriormente, quando deixei a Rádio
Metrópole, fui trabalhar na Rádio Pampa, criei o hábito de ficar ouvindo o
programa da “Hora Israelita”. Aí, tinha, já um objetivo muito claro. Momento de
formação, entrando na universidade, concluindo o Clássico, a mim interessava
conhecer alguma coisa a mais da cultura judaica e da presença dos judeus na
sociedade brasileira. Eram momentos difíceis, a guerra desencadeava no Oriente
Médio, posições contraditórias, polêmicas, e era muito importante saber,
afinal, quem era a Comunidade Judaica no Brasil? E quem eram os judeus, e de
uma certa maneira saber de que lado estava a razão, sobretudo tentar entender
esse processo que acontecia no Oriente Médio. A partir disso, tornou-se um
hábito. Um hábito que, às vezes, ainda, a gente reencontra, num horário
diferente, hoje em dia, numa outra emissora, e não só na “Hora Israelita”.
Temos o programa dos italianos ou dos Vênetos Brasileiros, que também começou
na Rádio Universidade, trocou; hoje, tem uma produção – eu diria –
profissional, na Rádio Guaíba; tivemos, posteriormente, a Hora Alemã, tanto em
Porto Alegre como em Novo Hamburgo e São Leopoldo. Quero, sobretudo, dizer,
como alguém que não é membro da comunidade judaica que, talvez, vocês tenham
produzido e propiciado a jovens como eu – jovens que se sucedem em várias gerações – um tipo de informação, um
tipo de atração muito maior, talvez, mais importante, até mesmo para os jovens
da comunidade judaica. Porque o jovem judeu, bem ou mal, convive nesta
comunidade e acaba descobrindo essas coisas, participando desta vida cotidiana.
Nós que estamos fora tivemos, provavelmente, o nosso primeiro contato exatamente
através desse primeiro Programa e depois as amizades se fizeram, através do
Armando Burd e do Dr. Samuel Burd. Era nesse Programa que a gente começava a
entender determinadas idéias ou determinados enfoques que às vezes nos
intrigavam. Se é fantástico a gente pensar 50 anos de um programa de rádio, num
país onde normalmente a marca é a instabilidade das coisas, a falta de
continuidade, é mais fantástico ainda pensar 50 anos de um único programa. E um
programa que, de uma certa maneira, neste sentido, ele acaba se tornando a
metáfora da própria resistência, presença e história do judeu no mundo,
existindo apesar de tudo, trocando de lugar, enfrentando desafios, enfrentando
a ultrapassagem de horizontes. Mas continuando com as suas características,
pois a Hora Judaica cresceu de tamanho – hoje tem uma hora -, expandiu-se,
mudou alguma estrutura do Programa, ela continua sendo basicamente aquilo que
era fundamental desde o seu ideal.
Eu diria, de uma certa maneira, pensando sobre tudo
naqueles anos de 1946, os primeiros anos que seguiram quando, talvez, a grande
utopia, o grande discurso era a questão da paz, eu não tenho dúvida de dizer
que certamente a Ordem Israelita nasceu nessa mesma perspectiva.
Se há uma imagem Bíblica que é importante para todos
nós, judeus e cristãos, é a imagem do arco-irís, como uma espécie de aliança de
Paz entre Deus e os homens, eu acho que não é demais pensar que a Ordem
Israelita foi uma espécie de sinal de aproximação entre a comunidade israelita
e a comunidade brasileira; o respeito da comunidade brasileira, que não fazia
parte, exatamente, desse segmento da comunidade judaica.
Portanto, neste sentido, eu quero aqui não apenas
homenagear a persistência dos Senhores em manter o Programa, mas quero, como
alguém que não é judeu, que não pertence a esta comunidade, agradecer a vocês
que mantiveram, que idealizaram este Programa, a oportunidade da gente
ouvi-los, da gente acompanhá-los e, sobretudo, da gente ter aprendido, ao longo
desses anos, coisas da cultura judaica e, sobretudo, a respeitar a identidade
de todos vocês.
Eu acho que de fato, Ver. Isaac, nos honra, nesta
Casa, hoje, nós podermos fazer esse registro e contar com as presenças de todos
os Senhores, especialmente os representantes da Mesa. Muito obrigado.(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Queremos, também, como extensão da Mesa, além das autoridades já mencionadas,
registrar a presença de representantes do Movimento Juvenil: Márcio
Chachamovich, Gustavo Cohen, Gabriel Schorr, Rafael Schorr, Fabiane Schamis,
Juliana Fainguz, Fábio Scharkansky.
Também registramos com satisfação a presença do
senhor Henrique Colbert, Delegado da Comunidade Uruguaia nos festejos dos 50
anos da “Hora Israelita”. Igualmente, a presença do senhor Maurício Overlander,
representante da comunidade judaica de Montevidéu; e a presença do Dr. Roberto
Schatkis, Vice-Presidente da Associação Israelita de Porto Alegre.
Registramos, também, com satisfação, a presença do
senhor Benamy Zandwais, um dos Diretores do Programa “Hora Israelita”.
Com a palavra o Ver. João Dib.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os demais presentes.) É com prazer que,
também em nome do Ver. Pedro Américo Leal, falo neste momento homenageando os
50 anos da “Hora Israelita”.
Em cinqüenta anos devem ter acontecido 2.600
programas da “Hora Israelita”. E talvez seja eu um dos poucos aqui neste
Plenário com todas as presenças que aí estão, que ouviu o primeiro programa da
“Hora Israelita”. Naquele tempo, eu já namorava a mãe dos meus três filhos, e o
meu primo Moisés Bernard participaria dos primórdios da “Hora Israelita”. E eu
então tomava todo o interesse para saber o que estava acontecendo.
E a “Hora Israelita” aconteceu numa hora difícil
para o povo judaico. Terminada a guerra, as coisas extremamente complicadas com
aquelas pessoas que atravessavam o Mediterrâneo em péssimas condições e eram
detidas e faziam esforços extraordinários para chegar à Terra Prometida,
nasceu, então, a “Hora Israelita”. Nasceu, não para promover individualidades,
não para promover pessoas, mas, nasceu para promover a paz, para promover a
cultura, para trazer a informação, para trazer a união do povo judaico de Porto
Alegre com o povo porto-alegrense, que se fizesse um só povo como deve ser o
mundo. É claro que ao longo dos tempos a “Hora Israelita” vinha sempre me
chamando a atenção. Até há pouco tempo, dirigia a “Hora Israelita” o meu
afilhado David Iasnogradski e, agora,
esse amigo querido que é o Ghedale Saitovitch está dirigindo a “Hora Israelita”
e como muito bem foi colocado aqui, nada com profissionalismo, tudo com o
coração, tudo com alma, tudo com carinho mostrando que é possível realizar a
paz, mostrando que é possível distribuir cultura sem violência, sem nenhuma
preocupação de agredir esse ou aquele dos nossos semelhantes. Portanto, em nome
do Pedro Américo Leal e meu próprio, eu quero dizer que a “Hora Israelita” vai
prosseguir por muito e muito tempo. Ela é indispensável para a união dos povos,
para o conhecimento das dificuldades que nós enfrentamos pelo mundo todo e nós
queremos que ela continue tendo sucesso, que ela continue sendo muito ouvida e
que, tenho certeza, que os que atualmente a dirigem, hoje, podem fazer com que
ela cada vez seja mais ouvida, cada vez seja melhor e mais bem aceita pelo povo
brasileiro porque as nossas rádios já passam das fronteiras do estado. Quero
encerrar como eu ouvia Moisés Bernard fazer: “O meu cordial Shalon”. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Está com a palavra o Ver. Lauro Hagemann que fala pelas Bancadas do PPS e PC do
B.
O SR. LAURO
HAGEMANN:
Meu caro Presidente Isaac Ainhorn, ilustres autoridades que compõem a Mesa,
ilustres visitantes, autoridades da colônia judaica, Vereadores, Senhoras e
Senhores, quando o Ver. Isaac Ainhorn me disse que tinha proposto e que foi
aprovada uma homenagem especial aos 50 anos da “Hora Israelita” eu fui
assaltado por uma profunda emoção, porque no dia 1º de junho deste ano eu
também completei 50 anos de atividade profissional no rádio. Então, há uma coincidência
muito grande e isso me produziu uma sensação diferente, porque eu pude avaliar,
pelos meus 50 anos de atividade profissional, os 50 anos de um programa de
rádio; um instrumento que me é muito caro e um tipo de atividade que é o fulcro
do processo de comunicação entre os homens. O rádio é uma invenção deste
século, mas é indiscutivelmente o elo de ligação mais poderoso que se
constituiu até isso, existem três milhões de surdos em um universo de cento e
cinqüenta milhões de habitantes, os outros cento e quarenta e sete milhões,
muitos dos quais analfabetos, incapazes de ler um jornal, ficam atentos ao
ouvido mais do que à televisão que é um veículo urbano e sabemos que a
sociedade brasileira, hoje, está crescentemente urbanizada, mas a televisão ainda
é um veículo urbano; o rádio não, ele não tem limites hoje no mundo. Para
exemplificar, em nosso País, há poucos dias estávamos discutindo para o seu
alcance. Depois que inventaram o “tijolinho”, o homem fica em contato com
qualquer parte do mundo instantaneamente. Por isso o programa “Hora Israelita”
tem características especiais e não é qualquer programa, é o único programa que
chegou a 50 anos. Eu tenho 50 anos de profissão e vi passar a “Hora Católica”,
a “Hora do Estudante”, a “Hora Libanesa”, a “hora disso”, “hora daquilo”, mas a “Hora Israelita”
permanece.
O Ver. Antonio Hohlfeldt focou muito bem: isso é um
decalque da pertinácia do judeu em relação às coisas que o cercam. Por 2.000
anos vagou até chegar à terra prometida. Esses 50 anos da “Hora Israelita” não
são nada, mas representam bem essa pertinácia.
Eu gostaria de me estender mais longamente sobre o
papel do programa na sociedade porto-alegrense, mas não há mais tempo. Mas
quero registrar que esses programas específicos, locais, são cada vez mais
interativos, porque são eles o elo de ligação com o cidadão comum com a sua
tradição, com sua história, com sua música, com seu folclore. Por isso, o êxito
das publicações locais - os jornais locais. Hoje, cada vez mais assume um poder
maior o chamado poder local. A “Hora Israelita” reflete essas coisas. Do
particular – que é o âmbito porto-alegrense – o programa se transforma num
programa universal. Esse não é um fenômeno estranho – é muito comum.
Daqui, desta tribuna, só podemos almejar que o programa
continue como sempre foi: se modificando, se aperfeiçoando e se adequando à
mudança dos tempos, porque isso é um sinal de vida. É com isso que a sociedade
humana conta para o seu progresso. É uma velha lição do judeu Karl Marx. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra, pelo PTB.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) O PTB não poderia deixar de estar presente nesta homenagem, falo em
meu nome e em nome dos meus companheiros Ver. Edi Morelli, Paulo Brum, Luiz
Braz, porque achamos importante fazer esse registro num momento em que a Câmara
Municipal – através de ação da Mesa Diretora – resolve prestar essa homenagem
nestes 50 anos que são tão importantes para toda a comunidade porto-alegrense e
da grande Porto Alegre também, onde o programa atinge maior plenitude. 50 anos
de história, de trabalho, de integração comunitária, de cumprimento de um dever
cultural. Sempre tenho pregado ao longo dos anos, e poucos me ouvem nesse
sentido, da importância da leitura crítica dos meios de comunicação. Temos que
trabalhar em cima disso para que possamos, no processo de educação do nosso
povo, oportunizar que as gerações possam aprender a mudar o dial do rádio, a
mudar o canal de televisão e buscar os bons programas, os programas culturais,
os que possam engrandecer e aprimorar o ser humano. E o programa “Hora
Israelita” está dentro desta relação. Os Vereadores que me antecederam puderam colocar,
justamente, este compromisso da Hora Israelita com a integração cultural entre
os povos. Isto é fundamental, a nossa sociedade, hoje, está muito direcionada
em cima de alguns canais de comunicação. Isto é muito ruim para sociedade,
porque quanto mais se abrem os canais de comunicação e quanto mais as pessoas
selecionam os programas que assistem, melhor é para sociedade.
Se hoje enfrentamos problemas graves na formação de
nossa juventude, na estrutura familiar brasileira, é fruto de um meio de comunicação
que não nos serve, ou seja, é a contra educação. Os pais procuram educar seus
filhos de uma maneira e a televisão tenta destruir estimulando com a violência,
com a pornografia, com a destruição de todas as formas de comportamento, que é
para país subdesenvolvido, pois precisa de uma comunicação que mantenha a
sociedade alienada com o crescimento de seu povo. Então, a “Hora Israelita”
contribui de forma positiva, se contra põe a esta relação, como outros
programas de outros povos que aqui chegaram a Porto Alegre, ao Rio Grande, ao
Brasil, que foram acolhidos e se integraram e que hoje são brasileiros e amam
sua pátria.
Precisamos, justamente, fazer esta reflexão sobre o
princípio da leitura crítica dos meios de comunicação, que a sociedade
brasileira precisa fazer urgentemente. Se ligarmos um canal de televisão entre
8 e 9h da manhã, veremos a propaganda pornográfica que passará no filme às 23h,
ou então uma propaganda de drogas, feita a qualquer hora do dia ou da noite nos
meios de comunicação, estimulando-se cada vez mais a nossa juventude que está
com a sua mente dominada pelas drogas. Onde estão os bons meios de comunicação
para se contraporem a tudo isso? Onde está a sociedade brasileira para se
contrapor a tudo isso, para dizer não? Esse não é o tipo de programa que tem
que ser mostrado por uma televisão. Nós não queremos censurar, não queremos que
se coloque lá um senhor na frente de um aparelho de televisão ou de um rádio
para dizer: “olha, você pode ouvir isso ou não pode ouvir isso.” Mas, o que a
sociedade tem feito, a sociedade brasileira, para impor a sua vontade? Para
dizer: “Olha, esse tipo de programa não serve, não presta, tirem, nós não
queremos.” “Este tipo de propaganda é nefasta para a sociedade, não presta,
retirem!” Nós não temos feito nada, isso eu tenho visto, com raríssimas
exceções, e posso dizer que o Movimento da Federação do Círculo de Pais e
Mestres do Rio Grande do Sul é um desses movimentos, que tem se contraposto a
isso e, por sinal, não tem muito espaço nos meios de comunicação, até porque
não está lá para fazer proselitismo daquilo que está errado. Então, nós temos
nos contraposto e até lançamos, em 1987, esse plano de trabalho, de ação, essa
campanha que é a leitura crítica dos meios de comunicação, para as pessoas
aprenderem, para as crianças, os jovens aprenderem que não existe só um canal
de televisão, que não existe só uma estação de rádio; que existem várias rádios
com bons programas, que existem vários canais de televisão, com bons programas.
Não podemos dizer que temos vários jornais, mas tudo
bem, temos alguns jornais, uns dizem que são jornais; outros dizem que não são
e tal. Há um conflito aí entre os jornalistas, mas, na verdade, as opções de
comunicação são poucas. Agora, também é verdade, que as comunicações são
fundamentais e são as comunicações hoje que nos dominam e nos dirigem, na
verdade são as formadoras de opinião, são elas que determinam os
comportamentos. Então, mais do que nunca, a “Hora Israelita” tem que ser
preservada, mantida e aprofundada, para que possamos ter mais uma integração
cultural e um programa bem feito e bem construído, buscando, preservar raízes,
tradições, mas, acima de tudo, estabelecer esta inter-relação fundamental de
congraçamento que tem que haver com todos os povos.
Parabéns, continuem, e nós vamos continuar a nossa
luta, para que os meios de comunicação ajudem a construir uma sociedade melhor
e não destruir aquilo que temos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Próximo orador, Ver. Clovis Ilgenfritz, que fala em nome de sua Bancada , o PT.
Registramos a presença do Dr. Manoel Golden –
Presidente do Clube Campestre.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, integrantes da Mesa, senhoras e senhores,
permitam-me fazer uma referência especial a um amigo de infância, de Passo
Fundo, desde os bancos do I.E., Jacó Schatkeis. Gostaria de dizer que temos
muita honra e orgulho de estar falando em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, fazendo um carinho, de nossa parte, a essa comunidade que tanto
respeitamos.
Sr. Presidente, já foi dito pelos nossos
antecessores e, em especial, ao promotor da idéia Ver. Isaac Ainhorn, tudo
aquilo que nós entendemos como válido e importantíssimo de um programa que dura
cinqüenta anos. Gostaria de falar da importância cultural que esses programas
tratam, porque a festa das civilizações se dá quando há o congraçamento das
etnias. Eu sou de uma cidade onde isso é muito importante e considerado, sou de
Ijuí. Em Ijuí, todos os anos acontece uma festa das etnias e todas as etnias
ali representadas fazem questão de colocar tudo o que têm de melhor na área
cultural, artística, culinária e em todos os aspectos que congraçam as pessoas.
Nós, do Partido dos Trabalhadores, fazemos questão de dizer que a gente cultiva
a idéia dessa visão de unidade, de fraternidade e de igualdade entre os povos.
A pertinácia do povo israelense nos deixa sempre
emocionados e tem o nosso apoio por quererem conquistar a Terra Prometida. Esse
nosso apoio ao povo israelense, em especial à comunidade que vive entre nós,
não é de graça; vem alicerçado em questões que fazem com que a gente admire e
goste de conviver com esse povo. Eu, desde jovem, convivi com muitos israelitas
– o Maurício e o Jacó podem lembrar dos nossos colegas desde os 11 anos de idade
até os bancos da UFRGS. Há pouco tempo, uma sobrinha minha, Isabela, foi
visitar Israel numa viagem de turismo e ficou 11 meses num kibutz; trabalhou em
todas as frentes e voltou encantada. Hoje ela é casada com um israelita, o
arquiteto Márcio Gus.
Então esta nossa homenagem aos 50 anos do programa
“Hora Israelita” faz lembrar muitas coisas boas da nossa vida. Por isso, a
gente saúda, mais uma vez, a todos e diz que nós também lutamos pela paz, pela
autodeterminação dos povos e pela fraternidade humana, que é fundamental na
vida tão conturbada de hoje. O desafio de ser fraterno, amigo, de gostar das
pessoas, de cultivar o que há de bom e de belo na humanidade. Um abraço àqueles
que fizeram com que este programa durasse 50 anos e que dure outros 50, pois
nós estaremos sempre ao lado deles. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Registramos a presença das representantes da Wizo, Clarissa Lerner e Clara
Stein; da presidente do Brit Nashir, Professora Alícia Schor.
Antes de passar a palavra ao Dr. Ghedale Saitovitch,
gostaríamos de lhe fazer a entrega de uma obra de Porto Alegre “Porto Alegre à
beira do Rio e em meu coração”, editada por ocasião dos dez anos da nova sede
da Câmara Municipal de Porto Alegre, onde o ex-Vereador Jorge Goulart, aqui
presente foi um dos protagonistas.
(É feita a entrega da obra.) (Palmas.)
Gostaríamos, igualmente, de fazer a entrega do mesmo
livro sobre Porto Alegre ao Dr. Eli Cohen.
(É feita a entrega da obra.) (Palmas.)
Por derradeiro, a palavra final daquele que
representa a homenagem daquela que já é
uma instituição da Cidade, do Estado, a “Hora Israelita”, Dr. Ghedale
Saitovitch.
O SR. GHEDALE
SAITOVITCH: (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Vejam como realmente este mundo é
uma aldeia global e as pessoas de boa índole pensam sempre da mesma forma,
independentemente da raça, credo, ou de qualquer outra forma. O meu discurso de
agradecimento veio por escrito e os Senhores sentirão como os sentimentos são
os mesmos dos que já foram apresentados aqui por Vossa Excelências. (Lê.)
“Coube a mim, a honra de representar meus colegas de
diretoria, perante esta ímpar e insigne homenagem a “Hora Israelita”.
Permitam-me, citar nominalmente meus colegas de
Diretoria: Prof. Boris Vainstein, Prof. Benami Zandwais, Dr. Roberto Schotkis,
Eng. Fábio Rosenfeld, e eu.
Devemos deixar registrado, também, o nome de grande
colaborador que, com seu dinamismo, sua capacidade e sua inteligência, nos
abastece com profícuas idéias e matérias. Refiro-me ao Dr. Jacob Halperin.
Srs. Vereadores, nossa emoção é imensa, não se trata
de qualquer homenagem. Receber tal honraria de nossa Câmara de Vereadores que,
proposta por nosso amigo Presidente desta Casa e aceita por unanimidade é um
grande privilégio, e é assim, que nós, da “Hora Israelita” à recebemos, como um
grande privilégio. O brasileiro não vive sem rádio.
Há 50 anos, ecoaram pelas ondas da antiga rádio
Farroupilha, os acordes do Hino da Esperança judaica, anunciando o lançamento
da programação “Hora Israelita”, declinando em seu preâmbulo, a mensagem
redentora de Shalom, Salem em Árabe, Pacem em Latim, Paz em Português, como
lema da concórdia humana, naquele momento em que os horrores da 2º Guerra
Mundial vinham à tona.
Uma plêiade de jovens expoentes de nossa comunidade,
liderados pelo saudoso Dr. José Grimberg, então alto funcionário do IBGE,
assumiu o encargo de levar aos lares judeus e não judeus da terra dos pampas,
mensagens da cultura e da tradição judaica, junto com os anseios da reconquista
de uma pátria para os milhões de refugiados e retornantes judeus.
Ilustres personalidades políticas, sociais e
artísticas, desfilaram pelos microfones da “Hora Israelita”, em suas
tradicionais audições dominicais.
A luta pelos direitos do povo judeu, foi
compartilhada por expressivas figuras da grande comunidade gaúcha, pelo
microfone da “Hora Israelita”, entre eles Augusto de Carvalho, Elizeu Paglioli,
Érico Veríssimo, José Pereira Coelho de Souza, Manoel Braga Gastal, Manoelito
de Ornellas, Rubens Maciel e Senador Mem de Sá, dentre inúmeras outras
personalidades.
A comunidade acompanhou pela “Hora Israelita” a
evolução do estabelecimento e da consolidação do Estado de Israel; as
manifestações culturais e artísticas em nossa coletividade; os momentos de
apreensão e os de alegria do judaísmo mundial a “Hora Israelita”, tornou-se a
voz da comunidade.
Nesses cinqüenta anos a “Hora Israelita” contou com
mais de três dezenas de abnegados Diretores, todos ativistas voluntários, que
se dedicaram na continuidade e no constante aprimoramento da programação,
consolidando-a na credibilidade de toda a coletividade gaúcha.
A paz alcançada por Israel com o maior dos países
limítrofes, o Egito, celebrada com a relevante participação de Begin e Sadat,
os acordos de Oslo, a paz com a Jordânia e as negociações com Arafat,
conduzidas por Rabin e Peres, tiveram destaques na “Hora Israelita”.
Os atos de terrorismo e vandalismo foram e ainda são
lamentados e condenados em seus editoriais.
A “Hora Israelita” sempre viveu o momento presente
da História que percorreu.”
Aos nossos antecessores alguns dos quais já
falecidos, rendemos nossa profunda homenagem e reconhecimento. Foi através do
trabalho deles que se pôde atingir a gloriosa marca dos 50 anos, com a
confiabilidade que ora estamos usufruindo.
Diz um provérbio hebreu: “O homem que atribui as
coisas ao acaso, vê um ninho de um pássaro e pensa que não tem nenhuma razão de
ser.”
Atingir 50 anos de atividade, certamente não foi por
acaso. Todos os que trabalharam na “Hora Israelita”, em todos os períodos,
sabem qual a razão de ser. Hoje, retomando a uma obra de duração, através das
ondas da Rádio Princesa, a direção atual compromete-se com a continuidade de
sua exitosa trajetória, sempre impulsionada pela tradicional saudação, que se
transmite da mesma maneira, desde a primeira audição, feita por um então
locutor da Rádio Farroupilha, insigne oftalmologista, Dr. Moisés Salomão, que
se encontra presente, para orgulho nosso, nesta solenidade, saudação que a
todos comove e envolve: “Ouvintes do Rio Grande, cordialmente, Shalom.”
Senhores Vereadores: obrigado, obrigado de todo
coração.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Mais uma vez agradecemos pela presença de todos os presentes, que prestigiaram
este evento da Câmara Municipal de Vereadores, o Sr. Ghedale Saitovitch, o Sr.
Cohen, o Sr. Samuel Burd. Destacamos a presença de todos os Senhores.
Suspendemos os trabalhos por 5 minutos para as
despedidas.
(Os trabalhos foram
suspensos às 15h42min.)
O SR.
PRESIDENTE (às 15h48min): Estão reabertos os trabalhos.
Com a palavra, o Ver. Raul Carrion em Comunicação de
Líder.
O SR. RAUL
CARRION:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Me traz a esta Tribuna para falar em nome do
PC do B o negócio vergonhoso – para não dizer “negociata”- que está sendo
montado pelo Governo do Estado, envolvendo a entrega da CRT – empresa encampada
em 1962 pelo então Governador Leonel Brizola, devido aos péssimos serviços
prestados pela multinacional que detinha essa concessão.
Falar sobre isso, impõe comentar o oportuno, corajoso
e contundente editorial do “Correio do Povo” desta segunda-feira. Ali, com
grande maestria, é desmascarado o processo em curso. O editorialista mostra o
absurdo de uma privatização que pretende transformar um monopólio público em um
monopólio privado.
Leio o editorial: “Se existe algum atraso no
desenvolvimento da CRT, este provavelmente não se deve à incompetência das suas
administrações e, sim, certamente, às tarifas insuficientes. Privatizando a
CRT, através da venda do seu patrimônio, dos seus mercados e também do direito
ao monopólio garantido e perpetuado, certamente a comunidade vai sofrer a
imposição de tarifas suficientes para pagar um desenvolvimento mais acelerado,
o que a CRT também pode fazer, bastando que imponha tarifas mais elevadas”.
Comprovando isso, há poucos dias lemos na imprensa:
“Tarifa de telefone ficará 200% mais cara” (Zero Hora, 28/08/96); “Telefones
sobem em dezembro” (Correio do Povo, 28/08/96): “Tarifaço telefônico é
confirmado: o Governo vai aumentar, em dezembro, a assinatura básica de
telefone, com reajuste de 200%. (...) O Governo pretende reduzir ou mesmo
eliminar as 90 ligações gratuitas que todo dono de linha telefônica tem
direito.(...) A Telebrás divulgou para as bolsa de valores, no início da noite,
o seu balanço dos últimos 7 meses, com o lucro de um bilhão e novecentos e três
milhões.” (Correio do Povo, 29/08/96)
Ou seja, a “negociata” está armada: as tarifas, que
foram mantidas baixas e aviltadas, serão elevadas em 200 a 500% até dezembro! E
então, esse patrimônio altamente lucrativo será entregue a um monopólio
privado, em nome do “liberalismo” e da “livre competição”....
Tem mais, e é o editorialista quem o diz: “O Edital
de pré-qualificação exige pasmem, Srs. Vereadores, sentem-se os que estiverem
de pé, para não correrem risco de acidente – exige que a empresa principal e
operadora seja, obrigatoriamente, estrangeira”. Até hoje nunca se tinha visto
um entreguismo tão deslavado! E não é a Bancada comunista que diz isso; é o
editorialista do “Correio do Povo”!
Em função disso, estamos encaminhando uma Moção,
contando com o apoio dos demais Vereadores, no seguinte teor: “A Câmara
Municipal de Porto Alegre solidariza-se com o oportuno, valente e preciso
editorial do Jornal “Correio do Povo”, do último dia 09 de setembro, onde é
denunciada a transformação da CRT em um monopólio privado, às custas da
comunidade riograndense, e a absurda exigência do edital de pré-qualificação de
que a empresa principal e operadora seja, obrigatoriamente, estrangeira”.
Queremos dizer que, talvez por isso mesmo, quando um
deputado solicitou à Secretaria de Minas e Energias uma cópia desse edital –
verdadeiro “caso de polícia” – foi-lhe comunicado que o seu custo seria de 20
mil reais. Ou seja, um deputado precisa pagar 20 mil dólares para conhecer esse
edital de “vergonha nacional”.
Por isso mesmo, requeiro a esta Casa que, através de
sua Presidência, solicite à CRT e à Secretaria Estadual de Minas e Energia uma
cópia desse edital “vende-pátria”, para que nós possamos conhecê-lo “ao vivo e a
cores”. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): O Ver. João Dib está com a palavra em tempo de Liderança.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, o Dr. Raul Jorge Anglada Pont não me frustou
outra vez, não me surpreendeu nenhum pouco. Eu esperava que ele agredisse,
porque é habito seu agredir.
Fico triste que não esteja todo o PT aqui para
ouvir. Em 1985, ele era candidato a Prefeito e agrediu o então Prefeito João
Dib, dizendo que o Prefeito favorecia as tarifas de ônibus para os empresários.
Tão incompetente, tão incapaz, que ele não sabia que as tarifas eram fixadas na
Câmara Municipal. Eu quis processá-lo e me disseram que se eu o fizesse, ele
não poderia ser candidato a Prefeito; e eu desisti. Em 1992, ele era candidato
a Vice-Prefeito, não falava tanto, mas um dia ele falou, e disse que este
Vereador e o atual Presidente da Casa, Ver. Isaac Ainhorn, eram testas de ferro
dos proprietários de imóveis e, por isso, queriam a baixa do IPTU. Nós
processamos a figura do Sr. Raul Jorge
Pont e ele se escondeu na saia larga da imunidade parlamentar, o que foi
lamentável e vergonhoso, porque isso, para os gaúchos, não acontece.
Agora, ele esticou as unhas e mostrou o que ele é:
um despreparado. Mas o que me surpreendeu foi a atitude do Dr. Tarso Genro,
homem pelo qual eu tenho profundo respeito, não só por ser o nosso Prefeito,
mas por ser a criatura humana que é. E me surpreendeu fazendo a defesa do Sr.
Raul Pont, dizendo que, em 1992, idêntica armação foi feita na Câmara Municipal
para prejudicá-lo. Não é verdade, a Comissão de Inquérito feita pela Câmara
Municipal não atingiu seus objetivos. Isso sim é verdade, porque o próprio PT
tratou de solapar a Comissão de Inquérito. Por isso que não aconteceu nada. Mas
tudo o que ali estava acusado era verdade. E quem disse que era verdade foi o
Dr. Tarso Genro, quando a sua auditoria provou que um milhão de dólares foram
perdidos naquela balança que pesava o lixo. Pateticamente, pediram que
devolvessem a balança à empresa de quem a compraram na esperança de que
devolvessem aqueles dólares.
Então, surpreendo-me que a figura do Dr. Tarso
Genro, Prefeito da Cidade, para tirar o seu companheiro de Partido Raul Pont de
uma situação desagradável, tenha usado de tais artifícios. Ele mesmo constatou
que os elementos levantados na Comissão de Inquérito eram verdadeiros e que o
Partido dos Trabalhadores não deu condições para que a Comissão chegasse a seus
objetivos.
Eu tenho falado, o Ver. Záchia falou, daquela
barbaridade que se chama binômio Vinte Quatro de Outubro/Eudoro Berlink. Será
que eles pensaram como vai ficar o transporte coletivo? Vão fazer um corredor
na Rua Vinte e Quatro de Outubro? Deram-se conta de que aquelas centenas de
pessoas, para chegarem a suas casa, terão que fazer um percurso muito grande?
Será que não era mais fácil alargar a Rua Vinte e Quatro de Outubro a partir da
Rua Nova Iorque? Eu levei a sugestão ao Prefeito e à SMOV. Sete meses depois de
vistoriado o prédio, deram autorização para se cometer uma arbitrariedade. Se
fosse um dos Prefeitos que antecedeu o Partido dos Trabalhadores na Prefeitura,
seria um sacrifício terrível. O PT massacraria um outro Prefeito, que não fosse
do seu partido, da Administração Petista, que cometeu a terrível irregularidade
de deixar construir, sobre o patrimônio público, três lojas, que uma ainda tem
a antiga parede, a antiga porta. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, em tempo de Liderança.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, comunico ao Plenário e à Casa que no dia 22 de
setembro se comemora o Dia do Contador. Essa categoria é talvez uma das mais
numerosas. Alguns eventos vão ocorrer na Cidade. Convido a todos para
comparecerem no dia 24 de setembro, às 18h, quando ocorrerá uma palestra no
Banco Central do Brasil, para tratar do PROER. Esse tema será discutido por
técnicos do Banco Central com contadores, e o público em geral pode assistir a ela.
Haverá uma série de acontecimentos, entre eles a
entrega do troféu dos contadores no Grenal, que, se não me falha a memória, já
está garantido ao Grêmio, já que é dado sempre ao time visitante. Essa palestra
que vai ocorrer no Banco Central é importante para todos nós ,enquanto
políticos, inclusive para os servidores desta Casa. Daí, o nosso convite à
Câmara Municipal de Porto Alegre, registrando as nossas dificuldades em razão
da fase da campanha eleitoral. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Requerimento de autoria da Vera. Helena Bonumá, solicitando licença
para tratar de interesses particulares no dia de hoje.
(Obs.: foi aprovado Requerimento de Licença da Vera.
Helena Bonumá e empossado o suplente, conforme consta da Ata.)
O SR.
PRESIDENTE:
Havendo quórum, passamos à
O SR. EDI
MORELLI (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro seja alterada a ordem de apreciação dos
processo da Ordem do Dia, com relação às folhas 14, 18, 19 e 20 (PLL nº 44/96,
PLL nº 82/96, PLL nº 83/96 e PLL nº 91/96), que são denominações de ruas com
pareceres prévios e que poderíamos, até mesmo, votar em bloco.
O SR.
PRESIDENTE:
Não é possível, Vereador, seria uma excrescência regimental.
O SR. EDI
MORELLI: E,
posteriormente, a ordem de votação dos processos?
O SR. PRESIDENTE: Cada processo têm seus
pareceres, têm as suas peculiaridades.
O SR. EDI
MORELLI: E
a seguir: folhas 17, 15, 9, 13, 16, 8, 10, 11, 22, 23, 21 e 7; nesta ordem os
processos mais polêmicos ficaram para o fim. Sendo que o do Ver. José Valdir
ficou por último, que é o mais polêmico de todos, acreditamos.
O SR. GIOVANI
GREGOL (Requerimento): Sr. Presidente, em face do pedido, eu gostaria de solicitar que o
projeto de minha autoria ficasse em penúltimo lugar, apenas antes do Projeto do
Ver. José Valdir.
O SR. EDI
MORELLI:
Sr. Presidente, há um Requerimento de minha autoria. Solicitando que V. Exa. o
coloque em votação e, posteriormente, se não for aprovado, coloque o do Ver.
Giovani Gregol.
O SR.
PRESIDENTE: Vou
ler novamente: folhas 14, 18, 19, 20, 17, 15, 09, 13, 16, 08, 10, 11, 22, 23,
21 e 07 (PLL nº44/96, PLL nº 82/96, PLL nº 83/96, PLL nº 91/96, PLL nº 71/96,
PLL nº 49/96, PLCE nº 08/96, PLE nº 09/96, PLE nº 20/96, PLCL nº 06/96, PLE nº
74/95, PLL nº 164/95, Recurso, Indicação nº 29/96, PR nº 43/95 e PELO nº
01/96).
O SR. EDI
MORELLI:
Quero comunicar ao Ver. João Verle que houve, nesta ordem dos trabalhos,
aceitação, através da Bancada do PT.
O SR. JOÃO
VERLE: Eu
sei. Só quero saber a ordem.
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa recebe a manifestação do Ver. Edi Morelli, como encaminhamento à matéria
feito da sua própria tribuna, que, num caráter excepcional, vai ser concedida,
não como qualquer outra manifestação.
Em votação o Requerimento: do Ver. Edi Morelli.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Requerimento.
Convidamos o Ver. Edi Morelli para assumir a
Presidência.
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): Com a palavra o Ver. Giovani Gregol.
O SR. GIOVANI
GREGOL (Requerimento): Reitero minha solicitação de que o Projeto de fs. 8, PLCL nº 06/96, de
minha autoria, fique em penúltimo na ordem, apenas à frente do Projeto do nobre
Ver. José Valdir.
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação o Requerimento do Ver. Giovani Gregol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
o Requerimento do Ver. Giovani Gregol.
PROC. 0909/96 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/96, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, que denomina
a Rua Felipe Correa da Silva um logradouro irregular, localizado na transversal
da Av. Eduardo Prado, à altura dos números 2240 e 2250.
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Dilamar Machado: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 44/96. (Pausa.) Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 1561/96 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 082/96, de autoria do Ver. João Motta, que denomina Rua
Bangu o prolongamento irregular de um logradouro público, localizado na Vila
Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Sarandi.
-
da CCJ. Relator Ver. Airto
Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clovis
Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 82/96. (Pausa.) Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 1562/96 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/96, de autoria do Ver. João Motta, que denomina Rua da
Cultura um logradouro irregular, localizado na Vila Nossa Senhora Aparecida, no
Bairro Sarandi.
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clovis
Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Jocelin Azambuja: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 83/96. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1607/96 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 091/96, de autoria do Ver. João Motta, de denomina Rua
Diamante um logradouro irregular, localizado na Vila Nossa Senhora Aparecida,
no Bairro Sarandi.
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clovis
Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto.
Pareceres
– da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Verle:
pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas:
pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Milton Zuanazzi: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 49/96. (Pausa.) Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 1941/96 – PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 008/96, que dispõe sobre a alteração e criação de Unidades
Territoriais de Planejamento na Área Urbana de Ocupação Intensiva. (Arroio
Passo do Feijó.)
Observações:
– para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros
da CMPA – Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do Art. 81 da LOM;
-
adiada a discussão por duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE nº 008/96.
Esta Presidência, “ex-officio”, solicita ao Sr. 1º
Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para verificação
de quórum.
(O Sr. 1º Secretário procede à chamada.)
Há quórum. O Ver. Dilamar Machado está com a palavra
para discutir.
O SR. DILAMAR
MACHADO:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, sabidamente a Câmara Municipal de Porto
Alegre se prepara como uma noiva, já meio desiludida, há alguns meses,
esperando o noivo, que é o projeto que vai alterar o Plano Diretor de Porto
Alegre. O jornal Zero Hora já até publicou o novo projeto, nos seus mínimos
detalhes; a Câmara não teve a honra de receber o projeto. O mesmo jornal já
publicou um editorial, com a responsabilidade da Direção da RBS, dizendo que é
impossível que os Vereadores votem contra o Projeto, só que o Projeto não
chegou à Câmara ainda. E esse Projeto, Ver. João Dib – V. Exa. que foi Prefeito
da Cidade – pelo que me consta, tem ligação direta com o Plano Diretor da
Cidade. O Ver. Clovis Ilgenfritz – que foi Secretário do Planejamento – diz que
não, ou tem, mais ou menos.
(Lê Ofício nº 327/GP, de 16.06.96.)
“Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa
Colenda Câmara Legislativa. Projeto de Lei Complementar que tem por objetivo
revisar o 1º Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, primeiramente na parte
correspondente à Seccional Extensiva 10, que se caracteriza como sendo uma área
limítrofe com o Município de Alvorada.
Esta Unidade Territorial foi originalmente gravada
como Área Funcional com Potencial de Reserva Ecológica, tendo em vista os
terrenos alagáveis das cotas baixas, consideradas impróprias para a ocupação.
No entanto, após estudos efetuados pelos órgãos competentes (SPM-DEP-SMAM)
revisaram-se estes limites, que asseguraram a preservação numa fatia junto ao
Arroio Passo do Feijó (limite dos Municípios Porto Alegre/Alvorada) evitando a
conurbação entre estes.
Ao mesmo tempo, com o detalhamento efetuado,
liberou-se parte da área para ocupação, incentivando desta forma a implantação
de uma gama variada de atividades, possibilitando um maior número de empregos
para a população residente no entorno.
Assim, a superfície definida para corresponder à UTM
24 com estas características, gerou ajustes de melhor acessibilidade e adequação
ao traçado do Plano Diretor.
Na seqüência desta revisão estão as Unidade
Territorial Industrial 33 da Unidade Territorial Seccional Intensiva 19 e
Unidade Territorial Industrial 13 da Unidade Territorial Seccional Intensiva
29.”
Sinceramente eu quero dizer a V. Exas. que, salvo
uma cabeça iluminada da Administração, que é muito difícil, pois é uma
Administração brilhante – não é, Vera. Maria do Rosário? – Então, salvo uma
cabeça iluminada, eu não tenho como votar este Projeto.
Uma das razões é que nós estamos aqui contando com
pessoas de gabarito, de largo conhecimento técnico para assessorar a Casa na
alteração do Plano Diretor. Nós votarmos uma matéria, isoladamente, com base do
artigo 81 da Lei Orgânica, ou seja, sem análise das Comissões Técnicas da Casa,
parece-me no mínimo, complicado. Ou alguém me esclarece de forma definitiva o
que iremos fazer, ou sugeriria o que seria mais democrático para a época em que
vivemos – a três semanas de uma eleição municipal – que este Projeto fosse
sobrestado, retirado da Ordem do Dia e colocado junto com as alterações gerais
do Plano Diretor, salvo se provarem que isto aqui é urgente, urgentíssimo para
resolver alguma situação das proximidades do Arroio Feijó, o que não me parece
muito válido. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Para discutir a matéria, Ver. Airto Ferronato.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, na verdade a situação é difícil exatamente por
que alguns acontecimentos ocorrem e dificultam o trabalho de nossa Casa.
Confesso aos Senhores que até sou favorável à posição do Ver. Dilamar Machado
em alguns aspectos. Não tenho uma posição definida quanto à votação se deve
ocorrer hoje ou não.
Gostaria de dizer que, em 1989, eu estive na
Secretaria Municipal, se não me falha a memória, da Indústria e Comércio,
exatamente para tratar desse tema e daquela área.
Conheço a área, sei onde fica, sei as
características, é uma espécie de campo onde já existem construções. Naquele
local há casas e indústrias, portanto é necessária a modificação para área
mista.
Eu acho que cabe forte crítica ao Executivo
Municipal, e digo claramente que voto favorável, porque o projeto é bom. O que
não podemos admitir é que se leve 8 anos para que um projeto desses ingresse na
Câmara – entrou aqui com uma correspondência de 16 de julho. Concordo que é uma
série de códigos e números que dificultam a análise. Voto favorável quando for
a votação. Mas acho que o Executivo precisa olhar de forma diferente a relação
com o Legislativo e não chegar a 7 anos a tramitação de um projeto do Executivo
e, aqui na Câmara, se votar em apenas dois meses. Daí por que eu gostaria de
registrar esta minha posição. É necessário, é positivo parta Porto Alegre. O
projeto precisa ser aprovado, porque vai beneficiar uma área importante no
extremo norte da cidade, nas proximidades da Rua Fernando Ferrari, à esquerda
em direção à divisa com Alvorada. Então, vamos votar favorável e peço que os
Srs. Vereadores, quando estiver em votação o Projeto, votem favoráveis, sem deixar
de registrar o equívoco que o Executivo comete, de levar 5 anos discutindo lá e
apresentar aqui, em julho e, num processo de art. 81 e entender que deva ser
votado imediatamente.
O Executivo tem uma sistemática, de pedir o artigo
81, que imediatamente põe em votação. Ao Presidente da Câmara não resta outra
alternativa senão deferir o pedido, porque é regimental. Está certo o
Presidente quanto toma esta posição de colocar em votação, porque o Regimento
assim requer. Agora, há uma indispensável necessidade, para que a matéria que
trate de processo desta natureza tenha um tempo de discussão aqui na Câmara
Municipal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Registramos a presença do Ex-Vereador Ignácio Neis, que muito honra, com a sua
presença, esse Legislativo.
Com a palavra o Ver. João Dib, para discutir
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, minha saudação também ao Ver. Ignácio Neis, com quem convivi
perfeitamente quando fui Prefeito.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu já vi
desta tribuna o questionamento se nós devemos votar, este ano, o Plano Diretor
ou não. Agora, de uma coisa eu não tenho dúvidas: não é possível estudar
processo como este, onde nem a Auditoria falou, pelo menos no que nos foi
distribuído, não tem a palavra da Auditoria ou da Procuradoria, como queiram.
Eu não vejo razão maior para tanta pressa, quando o
conjunto deve ser examinado, a não ser, como disse o Ver. Dilamar Machado, que
“alguma genialidade assuma à tribuna e diga as razões desta urgência, dessa
pressa, dessa descaracterização do que deve ser um estudo do Plano Diretor.”
Talvez fosse até o caso de nós liberarmos aquelas pessoas que foram contratadas
para auxiliar o Plano Diretor.
E digo a V. Exa., Sr. Presidente, que, no mínimo,
aqueles assessores contratados por nós deveriam fazer a sua manifestação neste
processo para que nós pudéssemos saber que é uma coisa, no mínimo, razoável,
senão vai ficar como aquela reclamação que eu fiz aqui para que o Prefeito fosse chamado à atenção de que não podia
comprar sem autorização legislativa. O Plenário aprovou que ele não podia
comprar sem autorização legislativa. O Plenário, Sr. Presidente, aprovou que o
Prefeito não podia, sem autorização legislativa, e eu não vi esta Casa fazer
nada, para comunicar ao Prefeito que não podia fazer o que fez.
Então, aqui está outra coisa: o artigo 81 em cima de
alguma coisa que eu não sei o que é. Eu conheço a Cidade, eu conheço este lugar
como o Ver. Airto Ferronato conhece, mas eu não sei se é isso que serve.
Portanto, Sr. Presidente, eu gostaria, - eu não sei
quem foi que pediu o 81, mas que retire o 81 – que sejam ouvidos, no mínimo,
aqueles contratados, para que analisem o Plano Diretor. Mas peço a V. Exa., Sr.
Presidente, que mande uma comunicação ao Prefeito desta Cidade por que a Câmara
disse que ele não pode comprar prédio na Rua da Praia sem autorização
legislativa, já que o Plenário aprovou isso. Eu gostaria de ter a cópia desse
documento.
O SR.
PRESIDENTE:
A manifestação de V. Exa. e discussão da matéria constante da Ordem do Dia
ensejou um Requerimento e, colocando um assunto que esta Presidência julga
extremamente importante e da sua competência, razão pela qual determinou à
Diretoria Legislativa a imediata localização desse Projeto e a manifestação,
desta Casa sobre este assunto, para buscar os caminhos adequados e os
encaminhamentos que cabem em relação à matéria que teve uma denúncia, cuja
origem partiu de V. Exa.
O SR. JOÃO
DIB: Sou
grato pela honrada decisão da Mesa.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Registramos o recebimento de um Requerimento que pede o adiamento da discussão
da matéria por três Sessões. Requerimento do Ver. Mário Fraga.
O SR. JOÃO DIB
(Questão de Ordem): O Projeto colocado na Ordem do Dia por força do artigo 81, o seu
adiamento pode ser solicitado por outra pessoa que não a que...
O SR.
PRESIDENTE:
Eu não vou usar uma expressão vulgar para responder a V. Exa. Não seria do meu
jaez. A interpretação dos dispositivos regimentais permite que Projeto que
esteja, por força do artigo 81 da Lei Orgânica de Porto Alegre, na Ordem do
Dia, possam ser suscetíveis de adiamento por cinco vezes a sua discussão e
cinco vezes a sua votação. Faço essa interpretação a V. Exa., não tendo que,
invocar o auxílio da douta e competente Diretoria Legislativa desta Casa.
O SR. JOÃO
DIB: Eu
gostaria de ouvir a Diretoria Legislativa.
O SR.
PRESIDENTE:
Mas esse Vereador, com o conhecimento que o estudo das leis lhe proporcionou,
rapidamente lhe respondeu desta maneira, e não vai precisar da assessoria da
Diretoria Legislativa.
Em votação o Requerimento do Ver. Mário Fraga que
solicita o adiamento do PLCE nº 08/96 por três Sessões. Em votação (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.) APROVADO.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ (Questão de Ordem): Para saber de V. Exa. se a minha inscrição que na
ordem seria a próxima permanece para a discussão. A pergunta é se para o
próximo momento de discussão eu já estou inscrito ou não, porque não fui ouvido
e foi feita a votação.
O SR.
PRESIDENTE:
Vereador, antes de colocar em votação o Requerimento aduzi, ainda, que a
tradição de Trabalho no Plenário desta Casa, quando ingressa Requerimento de
adiamento da discussão ou da votação, que susta o andamento do processo, até a
votação do Requerimento, se rejeitado o Requerimento, suspende-se a votação
pelo número de Sessões solicitadas. Inclui inclusive, Vereador, o adiamento no
dia de hoje. Por esta razão eu votei o Requerimento, ninguém quis encaminhar, o
que era uma faculdade de cada uma das Bancadas com assento nesta Casa e,
posteriormente fui a um outro Projeto. As inscrições a serem feitas daqui a
três Sessões são feitas novamente.
O SR. JOÃO DIB
(Questão de Ordem): Em Questão de Ordem eu quero a interpretação do art. 81 da Lei Orgânica
do Município, que diz: “Decorrido o prazo de 30 dias do recebimento de
quaisquer proposições em tramitação na Câmara Municipal, seu Presidente, o
Requerimento de Vereador, mandará incluí-las na Ordem do Dia para serem
discutidas e votadas independentemente de Parecer.” E o Parágrafo Único diz; “A
proposição poderá ser retirada da Ordem do Dia, se o autor desistir do
Requerimento. Quando V. Exa. aceita o Requerimento de adiamento de três Sessões
está retirando da Ordem do Dia.
O SR.
PRESIDENTE:
Honra-me, porque quando da elaboração da Lei Orgânica da Cidade de Porto
Alegre, no ano de 1990, quem incluiu esse dispositivo na Lei Orgânica foi este
Vereador. E o sentido era proteger as minorias, para que não tivessem...
O SR. JOÃO
DIB: Já
tinha antes na Lei, era o art. 44...
O SR.
PRESIDENTE:
Sim, mas houve uma omissão e ela estava chegando a seu final e não tinha esse
dispositivo...
O SR. JOÃO
DIB: Mas,
Sr. Presidente...
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa não vai polemizar com V. Exa...
O SR. JOÃO
DIB: Não
vai polemizar, mas também não vai me dar aula também...
O SR.
PRESIDENTE:
Estão suspensos os trabalhos.
(Os trabalhos foram
suspensos às 16h44min.)
O SR.
PRESIDENTE(às 16h45min): Estão reabertos os trabalhos. A Mesa informa ao Ver. João Dib que,
além do art. 81 da Lei Orgânica que trata da matéria, recomendaria a V. Exa. o
art. 160, que repete o art. 81, e na natureza de regulamento da própria Lei
Orgânica, estabelece no § 2º expressamente: “Cabe adiamento à discussão e
votação da matéria no prazo de 60 dias do recebimento de quaisquer proposição e
tramitação, o Presidente, a Requerimento de Vereador, mandará incluí-los na
Ordem do Dia para serem discutidas e votadas independentemente de Parecer. § 2º
Cabe adiamento da discussão e votação de matéria incluída na Ordem do Dia, por
força do art. 160 do Regimento e do art.81 da Lei Orgânica”.
O SR. JOÃO
DIB: O art.
160 repete a Lei Orgânica: “A proposição somente poderá ser retirada da Ordem
do Dia se o autor desistir do Requerimento”.
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. João Dib, a Mesa vai responder de forma definitiva a V. Exa. essa questão,
que refere o art. 81 da Lei Orgânica: foi mais detalhada no Regimento e neste
há dispositivo expresso.
O SR. JOÃO
DIB: Eu não
vou aprender nunca que o Regimento é maior que a Lei Orgânica.
O SR.
PRESIDENTE:
V. Exa. sabe que não há vedação e há no regulamento uma disposição que detalha,
o Regimento Interno, se ele detalha e não é contra a lei maior e há um
princípio da hierarquia das leis, é óbvio que pode o Regimento Interno
determinar.
O Ver.
Dilamar Machado está com a palavra uma Questão de Ordem.
O SR. DILAMAR
MACHADO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Em relação à matéria levantada pelo
Ver. João Dib, gostaria de lembrá-lo que a matéria quando é incluída na Ordem
do Dia por força do art. 81, com base no art. 160, pode ter a sua votação
adiada, é diferente a figura do adiamento da pura e simples retirada da matéria
da Ordem do Dia. A matéria não está retirada da Ordem do Dia, ela continua, tem
a sua discussão adiada por três Sessões, conforme Requerimento aprovado, acho
que com isso, Ver. João Dib, esclarece a V. Exa. que não está havendo, por
parte do Regimento, uma agressão à Lei Orgânica do Município.
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa agradece a intervenção do Professor de Direito e Ver. Dilamar Machado, e
que conforta a posição desde o início sustentada por esta Presidência e que,
num direito legítimo, o Ver. João Dib contesta. Vereador, encontra-se, por
força da matéria que está sendo discutida, vencida.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente, eu sou ouvido ou não aqui. Eu quero fazer um Requerimento, eu não
quero aula de direito aqui, eu já dei a minha aula de direito porque direito é
bom senso.
O SR. DILAMAR
MACHADO:
Daqui a pouco eu vou dar aula de engenharia aqui.
O SR. JOÃO
DIB: Pode
dar porque direito é bom senso e engenharia também é bom senso. Eu quero que a
Comissão de Justiça analise isso.
O SR.
PRESIDENTE:
Vereador, eu quero informar a V. Exa. que a Comissão de Justiça já se
manifestou sobre a matéria.
O SR. JOÃO DIB: Então me dê uma cópia.
O SR.
PRESIDENTE:
Vereador, a Comissão de Justiça já se manifestou também nesse sentido e foi
votado inclusive por V. Exa. aqui neste Plenário. V. Exa. não vai pautar os
trabalhos desta Presidência.
O SR. JOÃO
DIB: Eu
quero uma cópia.
O SR.
PRESIDENTE:
Vai ser deferido o pedido de V. Exa. porque é um direito seu qualquer cópia.
PROC. 0616/96 – PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 009/96, que cria a função regida pela Consolidação das Leis do Trabalho,
pertencente ao Quadro Celetista em Extinção na Administração Centralizada do
Município, e dá outras providências. (Jardineiro)
-
da CCJ. Relator Ver. José Valdir:
pela aprovação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Antonio
Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – Art. 82, §
1º, III, da LOM.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão o PLE nº 09/96. (Pausa.) Em votação nominal por solicitação do
Ver. João Dib. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO
por 22 votos SIM.
PROC. 1026/96 – PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 020/96, que cria funções regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho,
pertencentes ao Quadro Celetista em Extinção, na Administração Centralizada do
Município, e dá outras providências. (Modelo Vivo)
–
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Antonio
Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
– para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – Art. 82, §
1º, III, da LOM.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão o PLE nº 20/96. (Pausa.) Em votação nominal por solicitação do
Ver. Paulo Brum. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 20 votos SIM.
PROC. 2527/95 – PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 074/95, que autoriza o Executivo a alienar imóvel de propriedade do Município,
independentemente de licitação, à sucessão de Roberto Júlio Walter. Com Emendas nºs 01, 02 e 03.
- da CCJ. Relator Ver. Airto
Ferronato: pela aprovação do Projeto; Relator Ver. Wilton Araújo: pela
aprovação das Emendas nºs 01 e 02;
- da CEFOR. Relator Ver. Percival Puggina: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – Art. 82, § 1º, VIII, da
LOM;
- adiada a
discussão por cinco Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Requerimento de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, solicitando dispensa do envio às Comissões da Emenda nº 03 ao PLE nº 74/95.
Em votação. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Em discussão o PLE nº 74/95. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Não havendo
quem queira encaminhar, solicito à Vera. Maria do Rosário que faça a chamada
nominal para recolhimento dos votos. (Após a chamada.) APROVADO por 18 votos SIM.
Em votação a Emenda nº 01. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 03. Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR. HENRIQUE FONTANA
(Questão de Ordem): Eu gostaria de solicitar uma posição da Mesa. Na Sessão passada nós
falamos sobre o Código Municipal de Saúde, e a Mesa assumiu o compromisso de
distribuir aos Srs. Vereadores as Emendas em si para que pudéssemos, debatido
com o Plenário, votar na semana que vem.
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli):
Segundo a informação da Assessoria Legislativa, o Presidente, afastado neste
momento, determinou que não fizesse a distribuição porque ele quer olhar antes.
Está tudo pronto.
O SR. HENRIQUE FONTANA
(Questão de Ordem): Gostaria de registrar a minha estranheza. É um processo público em que
todos os Vereadores estão interessados.
O SR. PRESIDENTE: O Presidente dos trabalhos
neste momento aceita a sua Questão de Ordem e que fique registrado nos Anais
desta Casa.
O SR. RAUL CARRION
(Requerimento): Nós queríamos requerer que a Moção apresentada hoje por mim e assinada
por, praticamente, 20 Vereadores em solidariedade ao editorial do Jornal
Correio do Povo dessa 2ª- feira, seja votada a seguir pela característica de
ser um fato do momento que exige um posicionamento do momento desta Casa.
O SR. PRESIDENTE: A posição do Presidente dos
trabalhos, neste momento, é contrária à solicitação de V. Exa. porque foi
votado um Requerimento com a ordem dos processos. Mas, democraticamente, posso
colocar a apreciação do Plenário. Se o Plenário entender que sim, este
Presidente dos trabalhos não tem nada contra, agora, quero recomendar ao
Plenário que se esse Requerimento for votado neste momento, teremos que votar
os outros Requerimentos, inclusive a instalação de uma Comissão Especial de
autoria de V. Exa.
O SR. RAUL CARRION (Questão
de Ordem):
Sr. Presidente, parece-me que podemos alterar a ordem dos requerimentos. Então,
entraríamos nos Requerimentos e nesse precisamente. Não sei se teremos quórum,
mas que iniciemos por esse. Essa é a proposta. Houve consulta às Lideranças da
Casa e existe uma aquiescência.
O SR. PRESIDENTE: Foi votado um Requerimento
de autoria desse Vereador e aprovado pelo Plenário. O Ver. Raul Carrion agora
apresenta um Requerimento que no entendimento deste Presidente poderia até não
ser aceito. Mas, democraticamente, coloco a decisão ao Plenário, só que teremos
que votar os outros Requerimentos também, inclusive a instalação de uma
Comissão Especial, também a Requerimento do próprio Ver. Raul Carrion e mais
uma Sessão Especial de autoria da Mesa e se aprovarmos o Requerimento do Ver.
Raul Carrion, corremos o risco de não votarmos mais nada na tarde de hoje.
Em votação o Requerimento do Ver. Raul Carrion.
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn):
Antes de passar a palavra ao Ver. João Dib, gostaríamos de informar que
recebemos o Processo referente ao Código Municipal de Saúde e, ao recebê-lo, a
Diretoria Legislativa teve que reordenar e renumerar todo o Processo para poder
organizá-lo. Com cuidado que esta Presidência tem em proporcionar a V. Exas. um
material em condição para a avaliação dos Srs. Vereadores, nos reservamos o
direito de examiná-lo antes de autorizar a confecção das cópias. Serão
aproximadamente 11.000 cópias, tendo em vista que o Processo consta de 345
folhas.
Neste momento, a Presidência libera esse material para a Diretoria
Legislativa providenciar as cópias, para chegar às mãos de V. Exas. com o prazo
necessário para que possa ser examinado e, após, colocado na Ordem do Dia,
consoante um acordo de cavalheiros entre todas as Bancadas com assento nesta
Casa.
Lembramos que, como são 345 páginas, os Srs. Vereadores deverão guardar
as cópias até a votação final do Processo, para evitar excessos no consumo de
cópias, o que oneraria os cofres do Município.
O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, antes de mais nada, quero agradecer a explicação dada por S. Exa.,
o Sr. Presidente, quanto ao Processo sobre o Código de Saúde. Devo dizer que
acredito na Diretoria Legislativa. Mas encareço que deve ser também elogiado S.
Exa., o Sr. Presidente, pela sua preocupação.
A matéria colocada em votação foi muito bem destacada pelo Presidente
que estava exercendo a Presidência dos trabalhos há minutos atrás, ou se votam
todos os Requerimentos ou não se vota nenhum. Penso que se tivesse só um,
poderia ser votado um só, mas se tem mais de um, todos têm que ser votados, não
há como explicar que alguns que já estão aí há várias sessões para serem
votados, não sejam votados, e um que entrou hoje e até mereceria uma análise
mais sedimentada, tranqüilidade, etc., seja votado. Voto por todos, não sou
contra o Requerimento do Ver. Carrion, mas ou todos ou nenhum.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa esclarece a V. Exa.
que o Requerimento do Ver. Carrion é para votar todos os requerimentos, mas
primeiro o dele.
O SR. RAUL CARRION: Há dois meus, é que este é
uma questão de momento, não adianta votá-lo no mês que vem.
O SR. PRESIDENTE: Solicito ao Ver. Luiz Braz
que faça a chamada nominal para verificação de quórum, para que possamos votar
o Requerimento.
Não há quórum. Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 17h20min.)
* * * * *